Acho interessante se fazer um alerta sobre a necessidade da redução do consumo de energia, como, ademais, de água, combustíveis, alimentos, papel, plásticos, tecidos e tudo em geral. Este movimento é útil para se chamar a atenção para isso. Mas não é muito eficaz, pois as pessoas, logo após, voltam a seus hábitos perdulários. A parcela próspera da humanidade é muito esbanjadora. Além de gerar muito mais lixo do que seria viável (veja-se o desperdício de alimentos nos lixos das feiras e hortomercados), o lixo ainda é muito pouco reciclado. E o consumo, mesmo de alimentos, está acima do que seria preciso para manter a vida e a saúde. Hábitos frugais seriam de todo alvissareiros. Para tal, como sempre digo, a solução, a longo prazo, é pela educação. Uma educação formadora e compreensiva, que abranja o cultivo de hábitos saudáveis de vida e condizentes com o desenvolvimento sustentável. E, o mais, importante, deslocar o lucro para a terceira prioridade dos empreendimentos de todo tipo, sendo a primeira, mesmo que em prejuízo da terceira, a preservação do planeta e a segunda, o incremento do bem estar geral. Isto tem que fazer parte da legislação no mundo todo, mas só o será quando a situação já estiver tão catastrófica que a mortalidade começar a campear pelo planeta, devido à perda da sustentação da vida nele. E não pensem os ricos que sobreviverão e só os pobres morrerão, pois os ricos atuais, não conseguem viver sem o apoio dos pobres. De que adianta ter dinheiro para comprar comida se não existe comida para ser comprada?
O único senão nessa campanha é que se considera que o aquecimento global seja de procedência principalmente antropogênica, quando, em verdade, é mais por conta dos fenômenos da própria natureza. A constatação disto, contudo, não invalida o esforço em reduzir as causas de aquecimento. Só não se pode falar mentira. Senão é como considerar que é preferível que as pessoas sejam enganadas pelas religiões, como meio para conter uma escalada de criminalidade, se não se acredita mais em inferno.
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sábado, 26 de março de 2011
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