domingo, 30 de setembro de 2012

A simplicidade é o último grau de sofisticação? Argumente.

A simplicidade, quando demonstrada por uma pessoa sofisticada, de modo que se apresente natural, de fato, é um requinte de sofisticação. Mas pode ser uma simplicidade genuína e nada sofisticada. Sofisticação maior é saber reconhecer quem se mostra simples sem o ser e quem de fato o é. Todavia a simplicidade, em si mesma, não é um valor ideal a ser perseguido. O ideal é, justamente, ser-se sofisticado sem demonstrar nenhum pernosticismo, presunção nem bazófia. Mas de forma não teatral e sim, sincera. Isto é, ter uma inteligência superior, uma vasta cultura, muitas habilidades, grande traquejo social, discreto charme pessoal e, mesmo assim, não se considerar, sinceramente, superior por isso, não se gabar, se mostrar acessível, cordado, modesto e, principalmente, assertivo. Quem assim conseguir o ser, realmente, merece os maiores encômios, mas, como é assim, não se importa com isso.

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