segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O mais firme dos amores é aquele que resulta de uma grande amizade? Justifique.

Claro que sim. Amor surge da admiração, do desejo, do bem querer e da amizade. Sem amizade não há um verdadeiro amor, um amor que ame a outra pessoa em sua plenitude, isto é, em todos os aspectos. Para se amar de verdade tem que se curtir a presença um do outro, que se ter interesses comuns, que se ter assunto para conversas, que se gostar das mesmas coisas (não de tudo, decerto, mas de bastante). Há que se comprazer no tempo passado junto, entretido em atividades compartilhadas, nem que seja arrumar a casa. Tem-se que ver na outra pessoa os valores e as qualidades que se admira, físicas, morais, intelectuais, comportamentais e todas mais. É a beleza, a bondade, a dedicação, a firmeza, a lealdade. E tem-se que compartilhar os sonhos, tanto os pessoais como os gerais, sobre o mundo. Isso tudo envolve uma grande amizade. Não se pode amar a quem não se tenha amizade. Além da amizade o amor quer mais, quer a entrega, a dedicação, o compartilhamento dos corpos e das mentes, a ternura e o desejo. Mas nunca a posse e o controle. Quem ama de verdade quer a total liberdade do ser amado, inclusive para não amá-lo. Não se pode exigir reciprocidade no amor, apenas desejar. Aliás, não se pode exigir nada, nem a exclusividade. Quem exige não ama.

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