quarta-feira, 24 de julho de 2013

Vendo sua resposta sobre "ser ou não um filosofo" questiono sobre a origem da filosofia. Os filósofos antigos também não tinham formação na área de filosofia, mas sim em outros ramos de conhecimento, o fato de os mesmos serem os "pensadores" de suas épocas lhes rendeu o titulo de filósofos. Descorda‎

Até o século XVIII não havia curso universitário específico, de modo que os filósofos eram pensadores que estudavam algum curso. A partir de então é que se profissionalizou a ocupação de filósofo como uma carreira acadêmica específica. Mesmo assim, muitos considerados filósofos não possuíram o estudo formal de filosofia. Nietzsche, por exemplo, era linguista. Hoje em dia, para se dizer um filósofo, é preciso ter doutorado específico, como para ser um físico ou um biólogo. Todavia, um acadêmico de outra área que se dedique a filosofia, como um legista ou um economista, pode ser considerado filósofo se suas publicações forem nessa área. Do mesmo modo que um economista pode ser um engenheiro, como o foi o Simonsen. Isso não é estritamente rigoroso, como um Médico, que não pode exercer a profissão sem diploma na área. Ou um engenheiro ou um advogado. Mas um matemático pode ser formado em engenharia. O importante, nesses casos, é que seus trabalhos de pesquisa sejam aceitos para publicação em revistas conceituadas da área. Eu, inclusive, sou contra a regulamentação da profissão de físico, por exemplo. Isso também se aplica às de filósofo e de historiador. Quem descobrir algo de novo nessas disciplinas, está descoberto. Não precisa ser formado nelas. Qualquer um que tenha o conhecimento necessário pode fazer pesquisa em física, filosofia ou história. Para ser professor é que é preciso uma formação específica.

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