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quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Mas como poderíamos viajar ao futuro, se o mesmo ainda não existe? E se existe, como não associá-lo ao conceito de destino?
Claro que viajamos ao futuro, mesmo se ele não exista ainda. A todo momento estamos atingindo um novo momento, que é o futuro do momento anterior. Isso é o que sempre acontece. É impossível não se passar para o próximo momento, isto é, parar o tempo, para qualquer sistema físico que possua algum conteúdo massivo. Mas a taxa de avanço é que é relativa ao referencial. Diferentes referenciais, movendo-se a diferentes velocidades relativas ou possuindo diferentes campos gravitacionais, atingem os novos momentos a taxas distintas. O que já chegou para um pode ainda não ter chegado para outro. Por isso é que é possível um sistema avançar para o futuro mais rapidamente do que outro. E isso não é ficção. São resultados verificados experimentalmente e medidos, ou seja, cronometrados com exatidão. Quanto a destino, isso não tem nada a ver. Destino seria uma configuração futura pré-determinada. Isso não acontece. A configuração e o estado, não só de cada sistema, mas do Universo todo, vai se delineando à medida que o novo momento vai surgindo, em função de todas as injunções que o estabelecem, mas veja o que eu disse: estabelecem e não "determinam". Cada novo estado de um sistema não é determinado pelos estados anteriores dos sistemas que interajam com ele, mas estabelecido por essas interações, bem como pelas ocorrências fortuitas. Daí a impossibilidade de haver destino. Isso decorre do Princípio da Incerteza, isto é, do indeterminismo intrínseco da natureza. Toda causalidade e determinismo que possa ser percebida é um fato estatístico decorrente da concentração da probabilidade para eventos globais que envolvam grande número de eventos elementares.
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