Considero que o magistério deva ser uma profissão, não apenas digna, mas atrativamente remunerada. Só assim as melhores cabeças preferirão ser professores do que médicos ou advogados. Isso é o que acontece na Coréia do Sul e na Finlândia. Assim, a competição pelas vagas nos cursos de licenciatura seria bem grande, e nós teríamos professores de excelente competência. Sem tal medida não vejo como o Brasil não acabar como um país medíocre em termos de cultura, ciência e tecnologia e, com isso, ficar à mercê dos outros, em que a educação é valorizada. O que estou dizendo é que um professor primário que lecione só em um turno deveria iniciar a carreira com um salário de uns cinco mil reais. Um secundário, uns oito mil reais e um universitário uns doze mil reais. Chegando ao fim da carreira com o triplo disso. Dever-se-ia criar uma nova carreira, a que os atuais professores poderiam ascender por concurso. Mas um concurso muito exigente mesmo. Os que não passarem continuariam na atual, em extinção, com salários menores. Os novos só entrariam na nova carreira. Com isso, em uns trinta anos se teria a renovação completa do quadro mas, enquanto isso, já se poderia ir tendo resultados no aprendizado dos alunos. Mas o sistema educacional teria que ser exigente com os alunos também. Se for exigente, eles respondem. Se afrouxar, eles não se esforçam.
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