quarta-feira, 5 de março de 2014

Se o senhor não chama a ninguém de "senhor", mas só de "você", por que nós deveríamos chamá-lo de senhor? Essa sua rebeldia é a prova viva de que sem Deus, tudo é, sim, permitido. O senhor só nega essa frase, mas nunca a refuta. Isso é porque ela tem razão.(Não esqueça de responder a pergunta, hein)‎

Isso não tem nada a ver com crença em Deus, mas com meus ideais igualitários e anárquicos. Foi o que aprendi com meu pai, que aprendeu com o pai dele. Ninguém é superior nem inferior a ninguém. Só exercem funções diferentes na sociedade. Prefiro que me chamem de você, mas não crio caso se me chamarem de senhor, pois não é algo que valha a pena. Sempre peço que meus alunos me chamem de você. Acho que o respeito não tem nada a ver com o tratamento. Voltaire, uma das pessoas que mais admiro, tuteava o Rei. Em todos os cargos que exerci, por exemplo, nunca usei "excelência", "ilustríssimo" e esse tipo de tratamento nos ofícios que redigia. Por exemplo:
"À Presidente da República
Dilma Rousseff.
Solicito seus préstimos no sentido de acabar com a corrupção no Brasil
Agradecido,
Ernesto von Rückert"
Não consegui entender a conexão entre a existência de Deus e chamar alguém de senhor ou você.
Quanto ao fato de que, sem Deus, tudo seja permitido, que é o que vem a ser o niilismo, discordo completamente. Não é tudo que é permitido não. Só é permitido o que não prejudique aos outros, à sociedade e à natureza. A razão é que o comportamento humano precisa ser de tal forma que preserve a harmonia social, a felicidade de todos e a preservação da natureza. Assim a sociedade tem que coibir atos que se insurgem contra tais objetivos, pelo bem comum. Isso não tem nada a ver com a existência ou a inexistência de Deus. Veja este artigo:
http://wolfedler.blogspot.com.br/2008/07/tica-e-atesmo.html

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