terça-feira, 22 de abril de 2014

Ainda em relação ao "amor livre", como lidar com o ciúmes presente naturalmente na mente humana?Fomos naturalmente selecionados para sermos ciumentos e defender para nós a pessoa amada. Não geraria infelicidade portanto?

Ciúme (e não ciúmes) é um gravíssimo defeito que pode, perfeitamente, ser corrigido pela educação. Trata-se de uma cosmovisão deturpada de considerar que quem se ama seja nossa propriedade. Isso não é amor, é egoísmo. A civilização existe, exatamente, para corrigir o instinto. Não somos animais que vivem apenas pelo instinto. Mesmo tendo o instinto de posse, o convívio harmônico e a construção de uma sociedade perfeita, que propicie uma vida aprazível para todos, tem que domar os instintos. Como Buddah já o propunha há dezenas de séculos, do mesmo modo que Confúcio, Lao-Tzé, Krishna, Zarathustra, os Estóicos, e, até, os Epicuristas. O Cristianismo também e, mesmo, o Islã. Essa mudança de cosmovisão para a consideração de que não somos donos de quem amamos e que essa pessoa pode, também, amar a outrem, é uma das maiores conquistas civilizatórias e tem que ser objeto de treinamento educativo, do mesmo modo que a generosidade, a solidariedade, o desprendimento, o altruísmo, bem como a sinceridade, a honestidade, a justiça, a bravura, a diligência e todas as virtudes. Infelizmente as escolas não o fazem, mas teriam que fazer. Dentre isso tudo se inclui o combate à ganância, à cobiça, à possessividade, ao ciúme e a todos os defeitos de caráter.

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