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domingo, 13 de julho de 2014
Não acha que essa superespecialização dos dias atuais é perniciosa? As pessoas, em geral, dedicam-se a uma área de estudo (ou nem isso) e ignoram todo o resto. Tapam a imensidão que desconhecem com superstições. São raríssimos os que aspiram o ideal de universalidade, como fez Da Vinci.
Acho mesmo extremamente perniciosa. Alunos do Ensino Médio já querem saber só da área para a qual pretendem cursar a faculdade. Considero que, no nível médio (que deveria ser mais elevado do que é), todo mundo tem que ter um conhecimento geral de tudo (matemáticas, ciências exatas e biológicas, humanidades, habilidades artísticas, empresariais, domésticas, agrícolas, informáticas, mecânicas, elétricas, bem como, principalmente, noções filosóficas, sociológicas, psicológicas, econômicas, religiosas, políticas, idiomas (especialmente o nativo)). Sem esse cabedal a pessoa não sabe como é o mundo em que está inserida. E todos precisam ter, pelo menos, o curso médio completado, seja o que for fazer na vida, mesmo que for ser lavrador(a), peão de obra, faxineiro(a), não importa. Engenheiros têm que conhecer literatura, médicos têm que conhecer trigonometria, advogados têm que conhecer reações químicas.
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