quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Ernesto, qual era o nível de dificuldade das provas que você elaborava quando era professor na faculdade? Você pensa que uma prova deve ser composta apenas de questões difíceis? Ou dividida entre fáceis, médias e difíceis?

Depende. Nas disciplinas do último ano do Bacharelado em Física que eu dava (física quântica e relatividade geral), a prova era difícil mesmo. E tinha que ser. Mas eu dava "ensaio de prova". A prova era de quatro horas de duração e com consulta. E não era de problemas e sim para o aluno escrever um texto como se estivesse escrevendo um capítulo de apostila para ensinar o assunto. E eu corrigia o português também. Mas não valia copiar e tinha que inventar exemplos. Mas as turmas eram sempre de menos de dez alunos. Nas turmas de massa e no ensino médio minha prova era dividida em um quarto de questões fáceis, um quarto de difíceis e metade de médias. E envolviam sempre questões conceituais e problemas. Mas não exercícios nem perguntas de mera memorização. As conceituais eram para se pensar. Mesmo quando a prova era de múltipla escolha. Mas todas de acordo com o que era dado no curso. Sempre trabalhei com o método da redescoberta, pelo qual o aluno se torna, ele mesmo, um cientista e ele descobre as leis e deduz os teoremas. Nada era dado de mão beijada e nem para pura memorização. Nos problemas eu não dava os dados. Os alunos é que tinham que fazer as medidas, como se fosse um caso real. Ou consultar as referências para achar os dados. Dados só nos exercícios, não nos problemas. Mas os alunos gostavam do meu método, até os que eram reprovados. Veja isto:
http://www.ruckert.pro.br/blog/?page_id=2379
http://www.4shared.com/office/KSVZcKdZce/QuestesFDV.html

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