Meu amigo Ernesto, boa noite! Seja sincero conosco: você está feliz na atual conjuntura de sua vida? Todo o esforço de décadas de estudo e magistério valeram a pena?‎

Claro, e muito! E nem foi pena nenhuma, pelo contrário, foi e continua sendo um imenso prazer. Minha maior satisfação e ter contribuído para a educação de quase uns cinco mil estudantes ao longo da vida. E isso abrangeu não apenas passar-lhes conhecimentos de Física e Matemática e desenvolver neles as habilidades para usá-los, mas também, e principalmente, formar o seu caráter, desenvolver a sua inteligência, cultivar a sua personalidade, incutir-lhes conceitos, valores e virtudes relevantes para a vida, bem como despertar neles o espírito de curiosidade, de exame, de reflexão, de questionamento, de contestação. Isso eu nunca me omiti de fazer. Para mim o magistério, que continua, inclusive, nesse mister de responder a estas perguntas, é a mais nobre e gratificante atividade de uma pessoa. Isso, realmente, me deixa muito feliz.