segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Reformulando a pergunta: é possível ter sucesso na vida acadêmica, ser reconhecido no meio apenas com um QI mediano?‎

Isso já é mais difícil. Para ser reconhecido academicamente é preciso, principalmente, que se seja inventivo, isto é, que se descubra e se desenvolva coisas novas, novas explicações, novos processos, novos métodos. Que se descubra algo novo, que se proponham hipóteses. Tudo isso, é claro, por meio de publicações que sejam aceitas nas revistas mais conceituadas. Para tal é preciso dominar muito bem o assunto que se estuda, tendo a compreensão perfeita de suas considerações. Essa criatividade, decerto, requer uma boa inteligência, o que, normalmente, o valor do QI indica. Outro aspecto é a facilidade em comunicar de modo inteligível o que se está propondo. Em suma, ser um bom professor, um bom escritor, um bom conferencista. Isso inclui boa "mise en scene", boa retórica, excelente argumentação. Tem, também, que saber, pelo menos, mais dois idiomas, não só para estudar neles, mas para escrever os artigos neles, para entender as conferências proferidas neles e para fazer conferências neles. Realmente isso requer uma razoável inteligência. Mas enveredar pelo mundo acadêmico é algo que só se consegue fazer com uma boa inteligência mesmo.

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