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quarta-feira, 16 de setembro de 2015
Ernesto,há um tempo atrás eu vi um vídeo no youtube que mostra a rotina dura de estudos dos japoneses que estudam mais de 10 horas por dia. Na sua opinião,você acha que é uma perda de tempo estudar mais de 10 horas por dia devido a limitação que o cérebro humano tem de transformar a informação estud
Acho que o total de horas dedicado às aulas e aos estudos, em conjunto, pode ser de dez horas sim, sem prejuízo. Mas se forem dez horas além das horas de aulas, então é demais. É preciso dar descanso ao cérebro, não só durante o sono. Inclusive essas horas não podem ser ininterruptas. É preciso que se distribuam, pelo menos, em dois blocos, separados por, pelo menos, duas ou três horas de interrupção de estudos. E, durante o tempo de estudo, a cada hora, é preciso haver um intervalinho de dez minutos de descanso. Senão a saturação de atividades cognitivas começa a prejudicar as próprias atividades. Mas, também, não se pode descansar demais. E o sono tem que ser suficiente para que o cérebro promova a passagem da memória de curta duração para a de longa duração, que acontece dormindo. Nisso o cérebro faz uma seleção do que seja relevante e descarta o que não seja. Seu critério de relevância se baseia em dois fatores: o envolvimento emocional e o reforço. Por isso é preciso que, todo dia, tudo que seja estudado no primeiro bloco de tempo, seja reforçado no segundo bloco, antes que se durma. O reforço não pode ser no mesmo bloco, senão o cérebro não o caracteriza como uma revisita e sim como uma continuidade da mesma visita. Daí que, em toda aula, o professor TEM que, obrigatoriamente, passar tarefa para ser feita em outro momento do dia, no mesmo dia, antes que se durma. Sem isso o aprendizado não é fixado e a aula fica desperdiçada. Isso é uma exigência neuropedagógica.
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