terça-feira, 17 de novembro de 2015

Por que todo mundo quer ser melhor em tudo?

Para começar, não é verdade que todo mundo queira ser o melhor em tudo. Eu, por exemplo, não quero ser o melhor em um monte de coisas (em muitas delas, nem o pior), por exemplo, em jogar futebol ou praticar qualquer outro esporte, em ser um negociante, administrador ou vendedor, em ser um artista de teatro ou de cinema, Em ser um grande advogado. Em ser um grande médico. Em verdade há poucas coisas em que eu gostaria de, realmente, ser bom. Elas incluem ser um matemático, um físico, um cosmologista, um filósofo, um escritor, um sociólogo, um compositor de música clássica, um cantor lírico, um instrumentista, um escritor, um poeta, um pintor, um escultor, um divulgador científico, um neurocientista, um programador, um professor, um pedagogo e algumas outras. Mas não queria necessariamente ser o melhor nisso tudo. Para mim me basta ser uma pessoa realmente boa de serviço no assunto. Isso porque, sendo realmente bom, eu poderia prestar um excelente serviço ao mundo, sem precisar ser o melhor. Acho que quem queira ser o melhor o faz por vaidade, para ser reconhecido, para ser elogiado, para merecer encômios e louros. Não vejo que isso seja relevante, mesmo que me sinta alegre em ser reconhecido por meu trabalho, não vejo que precise ser o melhor. Por isso é que não gosto de olimpíadas, seja do que for. Porque elas promovem competição para selecionar quem seja melhor. Acho que elas deveriam estimular a participação em muitas atividades, sem proceder à escolha de quem seja melhor.

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