quinta-feira, 19 de novembro de 2015

" Segredos que eu tenho mantido em meu coração, são mais difíceis de esconder do que eu pensei ♪ Arctic Monkeys- I wanna be yours " E então, como fica o senhor coração em uma hora dessas? Boa noite!‎

Realmente há, nas profundezas de nossa mente, sentimentos profundos que não revelamos mas que, para mim, deveriam ser totalmente conhecidos de todo mundo. O problema são os preconceitos sociais. A sociedade não admite nada que não seja aquilo que está estabelecido como seus padrões aceitáveis. Isso se aplica, especialmente às normas de comportamento e aos afetos. Não estou me referindo a nada que seja prejudicial a ninguém, a nada que cause nenhum mal. A nenhum preconceito e a nenhuma intolerância. Muitas vezes é justamente o contrário. A sociedade não admite, pasmem, que você não tenha certos preconceitos. Ela exige que você tenha certos comportamentos que, se você contrariar, em função de seu estatuto social e econômico, você é rejeitado por seu grupo. Então você conserva esses seus afetos e essas suas idiossincrasias em segredo e não os abre para ninguém. Por exemplo, eu preferiria ser um descarrado, isto é, uma pessoa que não tenha automóvel. Preferiria usar roupas que estavam na moda há 70 anos atrás. Preferiria falar o português na segunda pessoa do singular, Gostaria de revelar e poder viver meus amores múltiplos com toda liberdade e tranquilidade e que eles também pudessem viver os seus outros amores. Gostaria de trabalhar de graça e não ter dinheiro nenhum. Gostaria de falar tudo o que me vem à cabeça sem a menor censura, com toda a franqueza, sem precisar ficar me preocupando se estou ofendendo a quem quer que seja. Mas, note, eu não iria ofender. Só iria dizer a verdade com toda a tranquilidade a respeito do que quer que seja. Acho que todo mundo teria que ser assim. Completamente franco e direto. E ninguém se sentir ofendido com a franqueza de ninguém. Outra coisa: queria que amor e sexo não fossem tabus e pudessem ser discutidos com a maior tranquilidade, sem risadinhas em qualquer roda de conversa com damas e cavalheiros, jovens, adultos e velhos. Sinceramente eu deploro viver num mundo tão hipócrita, tão fingido. Queria poder dizer na cara da pessoa que acho que ela é uma fingida que está mentindo, que eu não gosto dela, que acho ela feia, se assim o for. Mas sem xingar. Tudo com a maior naturalidade como se comenta se está frio ou calor. Tipo assim: Nossa, que frio!, Do mesmo modo que se diria: Nossa, como você está gorda! Queria uma sociedade de pessoas que dissessem tudo o que vem na cabeça sem a menor censura. E ninguém ficasse ofendido em ouvir a verdade.

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