segunda-feira, 23 de maio de 2016

Negar a moral e a ética é uma possibilidade física tão real quanto não negar. Por que não é válido? 29/09/2015

Para começar não se trata de nada físico. A categoria das realidades éticas e morais é a categoria dos valores e não dos seres. Negar prescrições, permissões ou proibições morais é válido. É como uma desobediência civil das leis (se bem que preceitos morais não sejam leis). Certamente a pessoa precisa assumir as consequências de sua negação, que pode ser, até, a condenação à morte. A negação das prescrições morais, muitas vezes, é uma atitude extremamente valiosa, pois a moral pode ser, até mesmo, perversa. Todavia, em relação à ética, a questão é diferente. Porque a ética não estabelece o que seja permitido, proibido ou prescrito, como a moral. A ética estabelece os critérios pelos quais a moral deve se pautar para estabelecer seus ditames. Claro que também se pode discordar desses critérios, mas, nem sempre, essa discordância é válida, no sentido de ser possuidora de um valor positivo. É válida como manifestação da liberdade que se tem de fazer quer o bem quer o mal. Todavia, a construção de uma humanidade boa precisa se basear em que o bem seja positivamente valorizado e o mal negativamente valorizado. Se se considera que tal tipo de valorização não é para ser estabelecida, então a humanidade viverá uma situação caótica, em que a sobrevivência será decidida pela força e pela astúcia e na qual a segurança, a paz e a felicidade não prevalecerão, nem mesmo para os mais fortes, já que viverão sobressaltados. No desejo de que o mundo sejam um lugar tranquilo, em que se possa viver com segurança, prosperidade, prazer, tranquilidade, paz, alegria, satisfação, felicidade, então é preciso que se valorize positivamente o bem e negativamente o mal. Os critérios que a ética elabora, justamente, buscam valorizar as ações que promovam o bem e a felicidade e menosprezar as que promovam o mal.

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