quarta-feira, 25 de maio de 2016

Professor, você acha que sua mente é mais complexa, diferente, "superior", completa, algo do gênero, por ser aberto e ter facilidade de compreender o mundo à sua volta, entender a mente das pessoas? E ter acesso(mental) à dúvidas que as outras pessoas não tem?

A complexidade das mentes depende da complexidade dos cérebros. E esta se molda por dois fatores: a herança genética e a presença de estímulos na tenra infância, que impede a destruição de um número muito grande de sinapses existentes no bebê. Toda pessoa que seja mais inteligente, o é não porque tenha mais neurônios, mas porque eles possuem mais ligações sinápticas entre si. Ou seja, mais dendritos, já que o número de axônios é o mesmo que o de neurônios. Dendritos são formados na gestação e na tenra infância. Depois começam a ser destruídos por desuso. Mas podem ser formados de novo na juventude e na idade adulta. Para evitar sua destruição e promover sua formação, é preciso que sejam fornecidos ao cérebro muitos desafios. Isso é que os pais têm que fazer com as crianças, antes de dois anos de idade, principalmente, mas ao longo da vida toda. Tive a sorte de ter nascido com uma boa genética mental e ter sido criado por pais que sempre me estimularam muito intelectualmente, já que eram intelectuais. Além do mais, eles me deram uma formação libertária e uma mente muito aberta, muita tolerância e nenhum preconceito contra nada. Isso foi uma grande sorte mesmo. Meus pais foram os meus ídolos e modelos de pessoas, não só por seus ideais e suas competências mas, principalmente, por seu caráter e sua grande virtude, que eu poderia chamar, até, de santidade, apesar de que eles não tinham uma religiosidade muito patente. Essa é a bagagem que me permite compreender o mundo um pouco melhor, nos aspectos que me são interessantes, se bem que há vários pelos quais eu não tenho interesse, como o financeiro, por exemplo. Depois, ao longo de minha vida escolar, fui municiado por leituras complementares e explicações detalhadas que meus pais me proviam ao estudar comigo e que eu provi a meus filhos ao estudar com eles. Porque eles (como eu) não se focavam no que iria cair na prova mas no entendimento e na compreensão dos conteúdos em si mesmos, bem como em suas aplicações no mundo e na vida. "NON SCHOLAE SED VITAE DISCIMUS".

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