segunda-feira, 1 de agosto de 2016

https://medium.com/@marinalegroski/o-terr%C3%ADvel-custo-de-ter-um-doutorado-sobre-o-qual-ningu%C3%A9m-fala-751b823c93ca Eu sonho com carreira científica, mas confesso que esse texto me deixou um pouco receoso e não tenho ninguém da área pra me dar alguma luz à respeito. Poderia dissertar algo? 18/11/2015

Eu não fiz doutorado porque já era um profissional (professor universitário), quando fui fazer mestrado (graduei-me em 1971 e comecei o mestrado em 1979). Depois que voltei do mestrado, assumi cargos administrativos na Universidade por dez anos e acabei desistindo do doutorado. Mas sei, por meus colegas, que, em geral, doutorado é muito exigente mesmo, especialmente em Física. Mas acho que é possível se dar conta, se se tiver a "cuca fresca". Esse artigo mostra como se tem que estar aberto para a possibilidade de interromper o doutorado e ir fazer outra coisa. Outro problema que o artigo não aborda é uma sensação, não de que a graduação tenha sido uma impostura, mas de que a própria pesquisa acadêmica do doutorado seja uma impostura. Isto é, não se trate de um esforço para aumentar o conhecimento científico, mas apenas desenvolver algo que, mesmo que não signifique nada, sirva para mostrar que se maneja bem o trabalho de escrever teses e artigos aceitos. Essa fixação em publicar artigos para fazer pontos em promoções e se ter prestígio, o que vale viagens a congressos internacionais, nas quais se aproveita para fazer turismo, para mim, é um engodo. A vaidade dentro do meio acadêmico é grande. Cientistas inventam teorias sem fundamento só para ficarem escrevendo artigos e uns citando os outros para engordar os índices. Claro que há, também, ciência de verdade sendo desenvolvida. Mas as disputas entre grupos é um fato lamentável. Se você ainda é jovem, é inteligente, e gosta de ciência, vá em frente e faça o doutorado. Mas se muna de uma carapaça psicológica para passar incólume.

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