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terça-feira, 30 de agosto de 2016
provavelmente irei iniciar o curso de filosofia em 2016.Quais conselhos você me daria e quais hábitos você aconselha que eu adote para que eu obtenha sucesso no curso? 31/12/2015
Para você se tornar um verdadeiro filósofo e não apenas um entendido em filosofia e um comentador de filósofos, você tem que ter muita ousadia e arrostar, mesmo, o "stablishment" do corpo docente de sua faculdade que, geralmente, são cristalizados em alguma corrente filosófica e resistem a toda contestação de suas concepções. Para mim o verdadeiro filósofo é, antes de tudo, um livre pensador e, principalmente, um cético. Tem que estudar e aprender as concepções de todas as correntes filosóficas relevantes mas, principalmente, tem que pensar por si mesmo, criticar todas elas, extrair o que cada uma tem de positivo e formar a sua própria corrente, mesmo que seja uma corrente de um só seguidor. E, principalmente, estar plenamente consciente de que "sucesso", isto é, aprovação dos pares e dos discípulos (ou do público, no caso de se tornar um escritor divulgador) é uma grandíssima besteira, de nenhuma importância. O importante é a contribuição real para o desenvolvimento da filosofia, para a compreensão do mundo, para o entendimento da realidade. Mesmo que se seja vituperiado por todos. Os hábitos importantes para se ser um filósofo são ler muito tudo o que os outros filósofos escreveram, especialmente ler o que se escreveu a favor e contra alguma proposta qualquer. Mas ler de forma reflexiva, discutindo com o texto, argumentando, discordando e concordando. E, dessas leituras, ir formando a própria concepção filosófica à qual vai agregando argumentos para defendê-la, estando sempre disposto, contudo, a dar o braço a torcer e mudar de opinião uma vez cabalmente convencido do engano. Além de ler, é preciso mais três coisas. Pensar muito. Muito mesmo. Fazer da atividade de pensar uma segunda identidade. Não parar de pensar nunca, enquanto faz qualquer outra coisa. Pensar sobre tudo. Criticar tudo, Refletir sobre a razão de tudo, por mais trivial que se possa parecer. Outra é escrever. Escrever o que vai pensando ajuda a organizar os argumentos. Abra um blog e vá escrevendo artigos sobre o que conclui. Mesmo que, depois, mude de ideia. O blog é bom porque é publico e sujeito a críticas. E, finalmente, conversar, discutir, debater, se colocar a prova em disputas com colegas, com professores. Durante as aulas, pedir a palavra e discordar do professor, se for o caso. Nos intervalos, nas reuniões com amigos, estar sempre filosofando e polemizando. Sempre, é claro, com muita educação e cortesia. Mas com firmeza e nenhum receio de errar. Errar é normal. Se errar, reconhecer o erro e se corrigir. É assim que se progride. Se ficar com medo de pagar mico, não se vai para frente. Pague quantos micos for preciso. Isso não importa. O que importa é, realmente, construir a filosofia.
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