quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Comente o seguinte raciocínio: Não é possível provar que após a morte "não existe nada", pois o nada, simplesmente, "não está lá". 03/01/2016

Para começar "nada" não é um substantivo e sim um pronome. Portanto não existe "o nada". Não existir nada significa que não existe coisa alguma. Quando se diz que após a morte não existe nada, o que se está dizendo é que, após a morte a mente e a consciência deixam de existir, não havendo nada que as substitua. Note que a mente e a consciência não são seres, não são coisas, são ocorrências, são estados de funcionamento do cérebro e seus anexos. Não são entidades substanciais, São, digamos, como uma música. Ela não é a partitura e nem a gravação em um disco. A música é a ocorrência dos sons estarem sendo emitidos. A mente também é a ocorrência do cérebro estar funcionando (mesmo inconscientemente). E a consciência é um aspecto da mente, como um tipo de percepção de seu próprio funcionamento. Da mesma forma que a memória é um aspecto da mente. Esses aspectos advém do funcionamento neuronal, sináptico, glial, nervoso, dos órgãos sensoriais e, inclusive, endócrino. Uma vez que a morte determina a parada de funcionamento de todo esse aparato que dá suporte à mente, ela deixa de existir e, com ela, a consciência. Se bem que a consciência pode ser interrompida sem a morte e sem a parada de funcionamento da mente, o que ocorre no sono profundo, no desmaio e no coma.

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