Não acho que a ilusão seja uma boa coisa. Não quero tirar das pessoas a ilusão da existência de Deus para deixá-las no vazio, mas exercitá-las na confiança em si mesmas e na solidariedade humana. Por isso esse tipo de trabalho tem que ser junto a ricos e pobres, para que uns e outros se convençam de que não podem existir sozinhos e que têm que se unir para o bem geral da sociedade. Não falo de um assistencialismo filantrópico, mesmo que isto também seja necessário, mas em uma mudança radical de concepção, em conceber a sociedade sem divisas sociais. Uma integração real entre as pessoas, em termos de amizades e trabalho em comum, compartilhando tudo o que têm e lutando juntas pela prosperidade comum.
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