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terça-feira, 9 de outubro de 2012
A moral é objetiva? Se é, podemos justificá-la sem a intervenção divina?
A moral é objetiva no sentido de que são prescrições que a sociedade estabelece para serem cumpridas por todos. Não é o caso de se considerar que a pessoa ache que, para ela, isso ou aquilo seja moral ou imoral. Note que a moral estabelece o que seja permitido e o que seja proibido e não o que seja certo ou o que seja errado. Isto é a ética que estabelece. Normalmente a moral deve ser ética, mas nem sempre o é. Quando a moral divergir da ética, deve-se mudar a moral. A ética busca uma universalidade. Suas considerações são filosóficas. A moral é contextual quanto à época, lugar e estrato social. Mas não quanto ao indivíduo. Ambas são totalmente independentes de qualquer intervenção divina, pois isso, simplesmente, não existe. Mesmo que existisse Deus, não se sabe qual seria a sua vontade. O que acontece com as religiões é que elas assumem as normas que as sociedades em que existem possuem, como suas. As justificativas para as normas morais seriam as prescrições éticas. Essas se concentram em três considerações. Será ética uma ação que promova a aumento da felicidade para o maior número de seres e anti-ética a que provocar dor, prejuízo, sofrimento, tristeza ou qualquer dano, exceto se isso for para a obtenção de um bem maior, como o sofrimento de se tratar o canal de um dente. Outra consideração é que uma ação será ética se puder ser erigida como norma universal, isto é, prescrita para que todos a façam. E, finalmente, será ética a ação que se desejar que seja voltada para si mesmo. A eticidade ou não de uma ação só pode ser imputada se ela for feita de modo consciente e livre. Há muitas ações ou atitudes consideradas imorais que não são anti-éticas, como a poligamia, e outras que são anti-éticas e não são consideradas imorais, como a ablação do clitóris em algumas sociedades africanas, a lapidação de adúlteras em outras islâmicas ou a morte de crianças defeituosoas em algumas tribos indígenas. O ideal é que as sociedades considerem que seja moral o que seja ético e imoral o que seja anti-ético. Em todos os casos, contudo, Deus não tem nada a ver com isso. O bem e o mal são valores humanos que as religiões atribuíram a uma vontade divina. Aliás eles transcendem à humanidade. São valores universais.
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