quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ernesto, você já refutou o Argumento Ontológico de Plantinga e o Argumento Ontológico de Gödel? Se sim, me passe os links.

Especificamente, não. Apenas o de Anselmo. Isso está nos meus blogs. Mas, assim que tiver um tempo, vou me debruçar sobre eles. A princípio posso te dizer que não é possível se garantir ontologicamente a existência de Deus porque a ontologia se ocupa da essência, isto é, do que algo venha a ser. Ou seja, que propriedades definem algo como aquilo que ele é e não outra coisa. Então se pode cogitar da essência de Deus pela ontologia. Mas a existência não é uma propriedade e sim um estado. Isto é, algo, caracterizado por sua essência, está presente na realidade ou não. isso não é um atributo. Existência e causa, por exemplo, são conceitos metafísicos mas não ontológicos. Na verdade, existir ou não é algo que precisa ser verificado fenomenologicamente, ou seja, experimentalmente. Então não se pode dizer que Deus exista porque isso faz parte de sua essência. Não é possível se estabelecer esse tipo de atribuição. Além do mais, também é preciso se fazer uma distinção entre semântica, que é uma característica linguística e ontologia, que é filosófica. A distinção é semelhante à que existe entre proposição e juízo, sendo a primeira linguística e o segundo lógico. Não faz parte do significado de Deus o fato de existir. Isso é algo a ser verificado.

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