segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Professor, em sua opinião o militante do ateísmo pode se tornar fanático como muitos religiosos? O religioso prega buscando salvação de almas ou por dinheiro (em alguns casos), e o ateu? Pregamos nossas ideias visando a libertação das pessoas?

Sim, há casos de ateus fanáticos, que pregam a guerra contra as religiões e as crenças. Nem sempre o ateísmo se correlaciona com uma postura tolerante e compreensiva, como se pode pensar. Isso acontece com alguns ateus da modalidade "forte" ou dogmática, que consideram que a inexistência de Deus é fato comprovado. Os ateus "fracos" ou céticos, como eu, consideram que a inexistência de Deus é extremamente plausível, mas não garantida. Assim não se fecham à possibilidade de sua existência, mesmo não acreditando nela. Em decorrência, vêem que os crentes podem ser sinceros em sua crença e, por isso, não devem ser, a priori, estigmatizados por tal. Claro que há quem use a crença em Deus dos outros para benefício pessoal. Esses têm que ser denunciados e defenestrados mesmo, pois são uns crápulas. Como você disse, os religiosos convictos pregam a sua religião visando o bem das pessoas, porque acham que, pela religiosidade, terão suas almas salvas. Os aproveitadores usam a religião para angariar benefícios. Ateus sinceros pregam o ateísmo porque acham que religiões e crenças são ilusões, engôdos e querem libertar as pessoas disso. Mas podem haver ateus que, também, querem levar pessoas para o ateísmo como um meio de levar alguma vantagem, como, por exemplo, o financiamento de suas atividades ateístas em proveito pessoal. Bons e maus os há em todas as ideologias, crenças e descrenças. Nem todo capitalista é mau e nem todo comunista é bom nem vice versa.

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