quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Ao aprendermos a simplificar as coisas e a ver o seu verdadeiro valor, a vida se torna mais prazerosa? Quais as vantagens ao amadurecermos mais jovens?

Ver o verdadeiro valor não significa simplificar. E simplificar não é, necessariamente, um ideal. O ideal é reconhecer tudo como realmente é. E, geralmente, não é simples. Compreender a complexidade é uma qualidade intelectual que leva à sabedoria. Simplicidade é uma ilusão. Quase nada é simples. Mas o que é complexo também tem valor. E o verdadeiro valor é o que aquilo é capaz de produzir de bem. E o que é o bem? É o que traz felicidade, justiça, paz, alegria, conhecimento, satisfação. Claro que reconhecer o que é verdadeiramente valoroso e, não só isso, acatar e viver por isso, é o que pode dar a vida significado e, daí, felicidade. Ter essa noção já é um princípio de sabedoria e amadurecimento é aquisição de sabedoria. Quanto mais cedo na vida amadurecermos é melhor. Mas amadurecimento não significa perda de entusiasmo e de deslumbramento, Nem casmurrice. Nem sequer uma certa candura juvenil que é apanágio somente dos que amadurecem com jovialidade. Jamais se pode perder um certo espírito de criança à medida que se envelhece. Eu diria mesmo certa ingenuidade de ver bondade em tudo. Mas não de ver simplicidade em tudo. Há que se reconhecer o valor da complexidade. O que não exclui o valor da simplicidade. Mas os dois conceito não são excludentes.

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