quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Sartre diz que o homem está condenado à liberdade. Como o sr. a define? Ela realmente existe ou é apenas algo para aliviar a dor da existência?

Claro que existe, mas não é condenação nenhuma. Pelo contrário, é uma gloria. E já vem com a própria existência. Todo ser é livre por natureza. Especialmente o homem. Se ele é privado dessa liberdade, algo está errado. Há que se libertá-lo. Mas pode ser que ele mesmo seja quem se prenda. Ele mesmo que não queira ser livre. E ser livre é só deixar florescer o que vem de dentro. Pois o pensamento é sempre livre. Não tem barreiras. Muitas vezes a própria pessoa se barra e não exerce sua liberdade. Por medo, pois há que se ser ousado para ser livre. Há que se afrontar, que se contestar, que se arrostar tudo o que venha a tolhê-la. Mas não se tem a liberdade de prejudicar a outrem, à sociedade ou à natureza. Só que muita coisa que não prejudica nada a nada é tida por muitos como proibida. Dessas é que se tem que vencer o preconceito. Ser livre é uma questão de atitude, de afirmação. Não é uma condenação, é uma vitória sobre os grilhões impostos pelos outros e por si mesmo. Muitas vezes a necessidade de se fazer uma escolha é uma privação da liberdade de se assumir as várias possibilidades. Nem sempre se tem que escolher. Pode-se ficar com tudo. A sociedade é que costuma exigir escolhas não necessárias. Mas há casos em que se tem que fazer a escolha. Mas isso não é uma condenação. Condenação é ter que aceitar as escolhas que não se faz. Discordo totalmente do Sartre nesse aspecto.

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