quarta-feira, 13 de novembro de 2013

o senhor acredita em coincidências, acasos?‎ Ana Clara Rodrigues

É o que mais acontece. Mas não é o caso de se acreditar e sim de se constatar. O desenrolar da vida de uma pessoa se dá em função das interações que ela sofre por parte de outras, da sociedade, da natureza e de suas escolhas e decisões. A maior parte das interações é por acaso ou por coincidência. Algumas, contudo, são planejadas, mas poucas. Por isso é impossível se prever o futuro, pois, a qualquer momento, algo pode vir a ocorrer, por acaso, e mudar tudo. Por exemplo, você pode, por acaso, conhecer uma pessoa com quem virá a se casar. Ou, por acaso, um carro pode matar o seu marido. Assim por diante. O acaso é que mais interfere na sequência de eventos que constitui uma vida. Não digo que determina, pois o acaso não determina nada. Aliás, o que menos existe na vida é determinismo. Quase nada é determinado por nada. Quase tudo vai acontecendo por acaso. Mas, preste atenção: "Quase". Há ocorrências determinadas por outras. Mas são minoria. O que não existe, de modo nenhum, é "destino". Isso é proibido pelo Princípio da Indeterminação de Heisenberg.

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