quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sei que pode parecer meio absurdo, mas qual a sua opinião em relação à perspectiva biopsicossocial, multidisciplinaridade e prática terapêutica do neobehaviorismo com influências da dinâmica do behaviorismo radical postulado por Burrhus Frederic Skinner?‎ gabe

Acho que o behaviorismo, desde Watson até Skinner, prestaram um grande serviço à psicologia por excluir, definitivamente, a noção de alma e espírito, que Jung, de uma forma totalmente despropositada, buscou ressuscitar. Mas não concordo com a concepção da inexistência da mente. Para mim a mente existe, mesmo não sendo nada espiritual. Trata-se de uma ocorrência advinda do funcionamento do cérebro, seus anexos, todo o sistema nervoso, os órgãos dos sentidos, as glândulas endócrinas e o organismo como um todo. Mas o psiquismo não é só o que se manifesta exteriormente. Há ocorrências puramente mentais que podem não ser acessíveis à observação externa, mas apenas à introspecção. Sei que muitos discordam disso, mas outros concordam, sem serem dualistas. Quanto à terapia psicológica, não acho que o behaviorismo seja uma boa opção, como também a psicanálise. Acho que uma abordagem eclética, mais baseada na Psicologia Evolutiva seja a mais adequada. Mas não sou especialista no assunto. O que lamento, na Psicologia, é essa divisão em escolas de pensamento e de interpretações, que minam a credibilidade da Psicologia como ciência. Seria preciso que se chegasse a um consenso geral da comunidade científica de modo a que uma única corrente se estabelecesse como padrão aceito como a verdadeira interpretação dos fatos psíquicos.

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