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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
O Senhor ainda leciona em sala de aula? Rodolf O)))
Não. Só quando falta um professor. Mas sinto falta disso. Gosto muito de ser professor. Todavia não sirvo para os propósitos atuais das escolas, que é treinar para fazer provas de vestibulares e para o ENEM. Sou um professor que leva os alunos a serem questionadores, a duvidarem do que estou ensinando. a não terem certezas. A pensarem por si mesmos. Não sou um mero instrutor. Não passo "macetes" e "dicas". Não facilito nada. Desenvolvo a inteligência da turma por meio de desafios. Não dou respostas dos problemas propostos, todos inventados por mim e não tirados de livros. O aluno precisa confiar que acertou sem saber a resposta. Porque assim é a vida e a escola é um ensaio da vida. Não uso g=10, mas g=9,81. Gosto de complicar, porque é complicando que se desenvolve a inteligência. Tudo que facilita emburrece. Além do mais me preocupo e me empenho nos demais aspectos do processo educativo, como a formação do caráter, da personalidade, da cultura geral, das boas maneiras, da ética e não só com a aquisição de conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades e o treinamento em aplicar os conhecimentos e habilidades. Em suma, sou um professor fora de moda. Muitos alunos gostam, outros rejeitam. Inclusive alguns pais. E, ao passar conhecimentos, primeiro me empenho no aspecto conceitual, no entendimento e na compreensão (não são a mesma coisa). Só então, passo para as aplicações. Muitos professores se focam logo nas aplicações e fazem muitos exercícios e problemas. Isso é bobagem. Sabendo a teoria muito bem, o estudante é capaz de resolver qualquer problema que surja, mesmo que nunca tenha feito um similar. Esse é o meu método.
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