terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Se você não concorda que o homem não seja mau por natureza, para que servem as leis então, senão para regular o comportamento dos homens e evitar injustiças?‎ Pedro

O que eu disse não é que o homem não cometa maldades, mas que não seja intrinsecamente mau, como não é intrinsecamente bom. As leis existem para coibir a maldade, que é possível, mas não inescapável. A prosperidade e a educação podem evitar que as crianças, ao crescerem, optem pela maldade em vez da bondade. Se a sociedade se estruturar de modo que todos obtenham um bom nível de educação e prosperidade, e se isso for sendo levado ao longo de várias gerações, haverá um decaimento exponencial (isto é, em progressão geométrica de razão menor do que um) da maldade no mundo, que possibilitará o estabelecimento da anarquia em uma ou duas dúzias de gerações. Então, se se passarem alguns séculos sem que crime nenhum seja cometido, será possível a abolição das leis, da polícia, do aparato judicial, das forças armadas e, mesmo, dos governos. Claro que isso tem que ser em nível mundial. Um dos grandes obstáculos, por incrível que pareça, são as religiões, mesmo que elas preguem o amor, em verdade são belicosas entre si. A máxima cristã "Amai-vos uns aos outros", precisaria, de fato, vigir em todas as instâncias, tanto nos relacionamentos interpessoais e familiares como nos políticos, empresariais e internacionais. E ela não estabelece nenhuma exceção. Isto é, é para se amar os facínoras e os depravados também. Do mesmo modo que não estabelece limite de número de amados, qualquer que seja a modalidade de amor: fraternal, filial, paternal, maternal, humanitário, bem como romântico e erótico. Se, de fato, o amor for totalmente difundido no mundo, não haverá crime nem necessidade de lei alguma.

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