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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Professor, o que recomenda para os ditos "intelectuais" que comem livros e que portam um conhecimento exorbitante mas carece na práxis? Braian Robert Oliveira Batista
É preciso haver correspondência entre o pensamento e a vida. Isto é, tem-se que viver como se pensa. Quem não age assim é incoerente. Todavia é possível se dedicar ao aprendizado de muita coisa que não seja aplicada diretamente à própria vida, apenas para satisfação. É como apreciar música. Não tem utilidade prática, mas agrada. Assim também o conhecimento pode ser apenas um prazer a se curtir. O que não pode é, uma vez assimilado e introjetado um conhecimento, de forma que ele seja algo com o que se tenha concordado, continuar a viver em discordância. Mas se pode estudar e saber muita coisa com a qual não se concorda e, portanto, não se tem que viver de acordo. Por exemplo, um ateu pode estudar e saber muito sobre todas as religiões. Um esquerdista pode estudar e saber muito sobre economia capitalista e assim por diante. Não é preciso uma prática de vida de acordo com tudo o que se sabe, mas com tudo o que se concorde. E, também, não é preciso que se adquira conhecimento apenas pensando em sua utilidade. É lícito um conhecimento descompromissado com sua utilidade. Por exemplo, eu estudei cosmologia e isso é completamente inútil. É só para aplacar a curiosidade humana a respeito da origem, estrutura e evolução do Universo. Mas é válido. Atribuir valor a algo em função de sua utilidade, característica do pragmatismo, é uma atitude incorreta. O que recomendo é que, no que o conhecimento implique em atitudes perante a vida, que se viva de acordo com o que se aceitou como válido. Mas, para se escolher o que seja válido é preciso se examinar todas as possibilidades, descartando, para a vida, as que considerar inválidas. Isso, contudo, varia com cada pessoa. Há quem seja de direita e quem seja de esquerda, de forma convicta, considerando que sua escolha é que seja, de fato, a melhor a ser feita, até para o bem geral.
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