sexta-feira, 14 de março de 2014

Você sabe como é possível o homem pensar, ter consciência, emoções, memória, se o cérebro é só uma espécie de rede?‎

E porque uma espécie de rede impediria isso? É justamente por ser uma espécie de rede que se pensa e se sente. Tais ocorrências advém, exatamente, do funcionamento em rede inteiramente interconectada num nível incrível de complexidade. É a complexidade que faz emergir tudo isso. Mas não se pode usar a palavra "só", para tal estrutura. Ela é algo maravilhoso e de um nível de "intrincação" sem precedentes no Universo. Não tem nada de "só". Toda a vida psíquica provém da estrutura e do funcionamento dessa rede. Isso é que é o maior tema de pesquisas neurológicas da atualidade. Milhares de cientistas estão se debruçando sobre tal rede para elucidar pormenorizadamente seu funcionamento. Mas ela é tão complexa que se levarão séculos para decodificar tudo. Mais complicada do que o genoma humano. Explicações simplistas, como o dualismo, nem de longe explicam a riqueza da vida psíquica. É muito simplista dizer que as emoções e os pensamentos ocorrem na alma. E daí? Como se explica, então, o funcionamento da alma? Se se exige uma explicação pormenorizada de como uma estrutura físico-química-biológica é capaz de produzir emoções e pesamentos, então o mesmo tem que ser exigido de uma estrutura espiritual. E dessa, supondo que existe, se sabe muito menos ainda. O monismo fisicalista, pelo contrário, está, a passos largos, avançando na compreensão da mente, da consciência e do psiquismo em geral. Leiam os livros do António Damásio. Excelentes sobre isso. E muitos outros.

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