Postagens do pensamento, textos, poemas, fotos, musicas, atividades, comentarios e o que mais for de interesse filosófico, científico, cultural, artístico ou pessoal de Ernesto von Rückert.
Clique no título da postagem para ver os comentários a seu fim e inserir um.
Clique no título do Blog para voltar a seu início.
Para buscar um assunto, digite a palavra chave na caixa do alto, à esquerda, e clique na lente.
Veja lá como me encontrar em outros lugares da internet.
Visite meu canal no you-tube.
Pergunte-me o que quiser no ask.
As perguntas e respostas do ask e as que dera no formspring antes são publicadas aquí também.
terça-feira, 15 de abril de 2014
Qual a diferença de "surgido do nada" para "surgido de nada"?
Muita. Surgir de nada é surgir sem ter de que provir. Surgir do nada é surgir de algo, chamado nada, Não existe tal tipo de coisa. Nada não é algo. Logo não se pode designar com um artigo. Nada é uma palavra que corresponde ao conceito de inexistência total de qualquer coisa, ou seja, sem matéria, sem radiação, sem campo, sem espaço (nem vazio), sem tempo e, consequentemente, sem estruturas, sem fenômenos, sem ocorrências, como pensamentos, por exemplo. E, se espíritos forem algo, sem espíritos também. Note que as leis de conservação, que mostram que na natureza não se obtém algo a não ser a partir de algo pré-existente, não se aplicam ao evento do surgimento do Universo, pois elas se reportam a estados do que existe em momentos diferentes. Se não existe nada, nem momentos, não há como aplicar tais leis. Portanto o surgimento de algo sem ter do que provir, se não existe nada de que algo possa provir, não contraria nenhuma lei da natureza. Depois que algo já exista, então essas leis são observadas. A questão que se põe e se esse evento, da passagem da inexistência para a existência, seria um efeito ou não, ou seja, teria uma causa ou não. Para que tivesse uma causa, essa causa teria que ser extrínseca ao Universo, pois não havia Universo. Consideremos que o agente de tal causa seja Deus, uma entidade não pertencente ao Universo, capaz dessa proeza. Sendo extrínseco ao Universo, não possui nenhum atributo das entidades naturais, como extensão, localização, duração, massa, energia e tudo o mais. É um sério problema considerar o modo como tal entidade poderia intervir no Universo. Mais sério do que supor que o Universo tenha surgido fortuitamente sem provir de nada. E, depois, há a questão e considerar como surgiu tal entidade. Não se pode dizer que ela sempre existiu, pois sempre significa uma duração ilimitada, para o passado e para o futuro. Ora, se Deus não pertence ao Universo, ele não vivencia tempo, logo não é eterno. E se pudesse haver algum ser eterno, porque não poderia ser o próprio Universo? Não estou dizendo que seja, mas por que não poderia ser?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário