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domingo, 13 de julho de 2014
Professor, por que o Redshift Cosmológico não é uma manifestação do Efeito Doppler? Se há expansão do espaço, não há velocidade relativa entre as galáxias (por exemplo)?
O mecanismo é outro. No efeito Doppler acontece o verdadeiro movimento de um corpo em relação ao outro, isto é, do emissor e do receptor da onda. Movimento significa que os corpos mudam de lugar. Na expansão cosmológica, tudo fica nos mesmos lugares, mas a separação entre os lugares é que aumenta, porque o espaço incha. Então, quando uma onda de luz é emitida por uma galáxia, à medida que ela vai caminhando, o espaço vai crescendo, pela expansão do Universo, e, daí, seu comprimento de onda aumenta. No efeito Doppler, o comprimento de onda não aumenta em si mesmo, mas sim em relação ao receptor. É um efeito da relatividade restrita. A expansão cósmica é um efeito da relatividade geral. Também existe o desvio para o vermelho em razão do campo gravitacional, mas ele é bem menos pronunciado do que o cosmológico. No caso cosmológico pode acontecer que a taxa de variação da separação devido ao crescimento do espaço supere a velocidade da luz, sem problema, pois não há nada com conteúdo massivo ou energético em movimento, mas apenas o crescimento do espaço em si. Se o desvio para o vermelho das raias espectrais fosse efeito Doppler ou gravitacional ele não exibiria a regularidade descrita pela "Lei de Hubble" que diz que o desvio é proporcional ao afastamento de nós e igual para todas as galáxias igualmente afastadas, em qualquer direção. Se fosse um movimento delas, ele seria aleatório. E o gravitacional exigiria que todas as galáxias a uma mesma distância tivessem a mesma massa que, a partir de certa distância, serial colossal e muito maior do que outras observações mostram que seja, como o movimento das galáxias satélites. Por outro lado, o efeito de avermelhamento não se deve à absorção e espalhamento da luz pelos gases e poeiras do trajeto, mesmo que isso também ocorra, porque o que se verifica não é a mudança da coloração para o vermelho e sim a mudança da posição das raias espectrais no sentido da extremidade vermelha do espectro. Tais raias possuem uma posição relativa que é uma verdadeira assinatura dos elementos químicos que as emitem.
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