quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Qual é a diferença entre inteligência, sabedoria e sapiência?‎

Já respondi isso várias vezes, mas repito, porque achar a referência é mais complicado. Inteligência é uma capacidade mental de resolver problemas de qualquer ordem com facilidade e bons resultados. Também é uma capacidade de assimilar conhecimentos sem muito esforço, bem como memorizá-los, sistematizá-los e recobrá-los facilmente, quando preciso. Sapiência é um acúmulo de conhecimentos. Mas não só informações e sim informações contextualizadas e relacionadas com suas aplicações, de modo a poderem ser recobradas no momento em que forem necessárias, de modo eficiente e eficaz. A sapiência também inclui o conhecimento de habilidades para se fazer uso dos conhecimentos na solução dos problemas. Note que a sapiência requer inteligência para ser adquirida, mas uma pessoa pode ter inteligência sem ter a sapiência. Inteligência é uma capacidade, sapiência é uma presença. Já a sabedoria é outra história. Está ligada à capacidade, também, de fazer uso da sapiência de modo proveitoso no sentido de propiciar a maximização do bem, da felicidade, da justiça, da harmonia, de prosperidade, da alegria e de tudo de bom, não só para si mesmo, mas também para os outros, para a sociedade e para a natureza. Está mais ligada à personalidade, ao temperamento, ao caráter, à vontade, à sensibilidade. Se bem que, também requeira o concurso da inteligência. Mas se pode ser muito inteligente e, mesmo, sapiente, sem se ser sábio. Outro conceito correlato, mas distinto, é o de criatividade. Ela também requer inteligência, mas é diferente. A criatividade é a capacidade de fazer uso da inteligência para a produção de ideias e bens culturais, artísticos, científicos ou mesmo técnicos e práticos. Possui uma grande componente de sensibilidade, isto é, de percepção das necessidades e de visão teleológica, ou seja, de concepção do que seja preciso para a obtenção de algum resultado. Há outras características mentais correlatas que também poderiam ser discutidas, mas fica para outra ocasião, como a própria sensibilidade, a empatia, a volitibilidade e outras. Da mesma forma que as condições resultantes dessas características, como a intelectualidade, a cultura, a iniciativa, a proatividade, o polimatismo e outras.

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