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quinta-feira, 19 de novembro de 2015
Caro Ernesto, tornei-me ateu principalmente por meio da literatura. A ciência só corroborou o que eu pensava sobre isso. Saber que deuses e anjos são personagens nossos, para mim seria suficiente para deixar de crer. O que acha que falta aos crentes para assumir que o mundo é natural?
Sim, eu também tive muita influência literária, especialmente de Dostoievsky e Somerset Maugham. Sem deixar de mencionar a própria Bíblia e outros livros religiosos que li, como o Corão, as obras de Allan Kardec, o Bhaghavad Gita e o Tao te Ching. Acho que é importante que as pessoas leiam os livros ditos "sagrados" das diferentes religiões e pensem como diferentes culturas podem considerar que cada um deles seja uma verdade sagrada para eles, e como eles divergem entre si, mesmo que possuam muita coisa em comum. O que falta, para mim, é uma disciplina de "Religiões", no plural, em que as mais importantes sejam estudadas em suas doutrinas, suas práticas, suas concepções e sua organização, para que a juventude veja que não há nada que diga que alguma delas seja correta e as outras não. Também é preciso que sejam apresentados, não de forma dogmática, os argumentos agnósticos e ateístas. Por outro lado, o ensino de ciências tem que deixar patente, desde o nível fundamental, que o conceito de Deus é inteiramente dispensável para explicar o que quer que seja. Vejo uma grande dificuldade nas professoras primárias não mencionarem Deus em suas explicações sobre, por exemplo, a germinação de uma flor. Acho que seria preciso o governo tomar uma posição firma em defesa do laicismo, mas ele não faz por temer a rejeição eleitoral. O que resta é disseminar essas noções por meios alternativos, como a internet. Até em meu próprio colégio, que é laico, não me permitem fazer palestras sobre ateísmo para que pais não tirem os filhos da escola. Já fiz palestras sobre vários assuntos em vários colégios, como o Aprimoramento da Inteligência, a Origem do Universo, o Anarquismo e outras. Mas não me deixam abordar o Ateísmo e nem o Poliamorismo. E olhe que eu não falo sobre o ateísmo fazendo doutrinação e nem achincalhando a religião de ninguém. Ou promovendo o Poliamor como algo a ser prescrito. Só de admitir a possibilidade, mesmo não recomendada, já é escandaloso. Esse preconceito vai ter que acabar, como está acabando o dos relacionamentos homoafetivos. Por enquanto, é tabu. Do mesmo modo que o ateísmo. Admite-se que se possa ter qualquer religião, exceto nenhuma.
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