quarta-feira, 3 de agosto de 2016

O comprimento de onda da luz só aumenta no espaço intergaláctico certo? Pois se fosse no espaço interestelar, não poderíamos observar estrelas distantes, pois as ondas se ''alongariam'' tanto que virariam radiação infravermelha ou microondas. 27/11/2015

O comprimento de onda aumenta devido à expansão do espaço em todos os lugares, inclusive dentro dos átomos. Só que esse aumento é proporcional, pela constante de Hubble, à própria distância que está sendo aumentada. Ao percorrer um bilhão de anos luz, o comprimento de onda da luz aumenta mil vezes mais do que ao percorrer um milhão de anos luz. Como as estrelas, dentro de uma galáxia, estão a distâncias até dezenas de milhares de anos luz, esse efeito será menor ainda. Como a taxa de crescimento do espaço é dada por u = H.s, onde s é a separação e H a constante de Hubble, derivando-se, tem du/dt = H ds/dt = Hu, ou, du/u = Hdt. Como du = Hds, du/u = ds/s, donde ds/s = Hdt. Integrando vém:
lns'-lns = H(t' - t), ou s' = s exp(HΔt), ou Δs = s(exp(HΔt) - 1). Como H = 70 km/s.Mpc = 2,3E-12s^-1, em um bilhão de anos Δs/s vale 2,33E-3, digamos, dois milésimos. Isto é, no último bilhão de anos o diâmetro de nossa galáxia cresceu dois milésimos. Como ele vale, agora, 100 mil anos-luz, há um bilhão de anos valia 200 anos luz a menos, ou seja 99.800 anos luz.

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