É mais ou menos isso mesmo, com algumas diferenças fundamentais:
1. Trata-se de um sistema que abrange a totalidade das relações econômicas entre o mundo todo, ficando excluídos inteiramente a existência de moeda e o processo de escambo.
2. Tal economia se aplicaria a uma sociedade com extrema sofisticação cultural e tecnológica, e não a uma sociedade primitiva.
3. O sistema de produção e distribuição por doação não obedece a nenhuma regra que estabeleça qualquer restrição ou quota, tampouco obrigações. Toda a atividade é voluntária.
4. Todavia, o sistema tem que estabelecer sanções sociais aos que se recusem a colaborar para o bem comum e queiram apenas se aproveitar das benesses do sistema.
5. O sistema tem que coexistir com uma organização social coletivista em todos os aspectos, sem que exista propriedade particular, exceto de bens de uso estritamente pessoal, como óculos, dentaduras ou escovas de dentes. Mas até as roupas podem ser coletivizadas. E, certamente, maridos e mulheres, com a abolição da noção tradicional de família e sua substituição por uma concepção mais ampla.
6. O sistema tem que coexistir com uma organização mundial totalmente sem fronteiras.
7. Idealmente o sistema deveria, politicamente, prescindir de governos e de estados que os abriguem.
8. Certamente que tal sistema supõe uma população escrupulosamente honesta e diligente, com a abolição completa de toda preguiça e de toda preguiça.
9. O sistema precisa contemplar uma cosmovisão das pessoas inteiramente aberta, libertária, despreconceituosa e tolerante, razão pela qual não pode admitir nenhuma religiosidade fundamentalista que não aceite outras concepções.
10. Em suma, isso significa uma situação político-econômica anarco-comunista, lembrando que anarquia não é desordem, pelo contrário, é o suprassumo da ordem e que comunismo não é controle estatal da economia, pelo contrário, é a liberação da economia inteiramente do controle governamental, com a abolição completa da relação patrão-empregado, inclusive em relação ao governo.
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sexta-feira, 5 de maio de 2017
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