sexta-feira, 5 de maio de 2017

Um sistema estadista sem partidarismo existente no país pode ser uma opção melhor para amenizar esses embates de poder por poder? Ou acha que, com ou sem partidarismo, essa corrupção ainda continuará notavelmente. Podemos considerar o Brasil como exemplo, afinal, estamos aqui.

É possível haver um governo democrático sem partidos e, para mim, isso seria preferível mesmo. Todavia não acho que a abolição dos partidos resolveria o problema da corrupção e do fisiologismo político, que são essa praga que está aí. Isso é uma questão de cosmovisão nacional. As pessoas consideram que seja lícito tirar proveito de situações favoráveis para se beneficiar, em detrimento da lisura e da justiça. Poucos aceitam que não são merecedores de favores indevidos e os recusam, para não prejudicar quem, de fato, seja a pessoa que merece. Isso é endêmico na mentalidade geral do brasileiro e de outros povos também. Ou seja, aceitar o prejuízo quando o lucro for resultante de alguma fraude ou mentira. Mudar essa cosmovisão é uma tarefa extremamente árdua a ser conduzida pelo processo educativo ao longo de muitas dezenas de gerações, isto é, de séculos ou milênios. Mas é preciso começar, senão nunca se alcançará. E não se pode dizer que não vai começar a ser honesto porque, senão, os desonestos levarão vantagem. Tem que começar a ser honesto assim mesmo e fazer de tudo para que os desonestos não prosperem por sua desonestidade. Sem esmorecer. Dando murro em ponta de faca sem desistir enquanto um mundo justo não se estabeleça na Terra. Sem recompensa, sem levar nenhuma vantagem. Isso é que é ser virtuoso e isso é que falta para consertar o mundo. Especialmente abolir a preguiça e a cobiça.

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