sexta-feira, 16 de março de 2018

http://ask.fm/wolfedler/answer/139998050845 Professor, ambas as assertivas são improváveis. De que existem e de que não existem. Não é possível provar nenhuma das duas, por ausência de evidência. Não sendo possível a prova por ausência de evidência, afirmar que existe ou que não existe é crença.

Absolutamente não! Não se crê na inexistência de algo. Crê-se na existência, caso ela não seja patente, situação em que não se trata de uma crença e sim de uma constatação. Se ela não possuir evidência e nem, sem evidência, lograr ser demonstrada por alguma prova indireta, então não se pode considerar que exista, exceto por uma crença, que é gratuita. Considerar que não exista não é crença. É a consideração normal, neutra. A descrença não é uma crença. Não é preciso provar que algo não exista para considerar que não existe se não há evidências e nem comprovações de que exista. O que se tem é que provar que existe, apesar de não ser evidente, caso exista. E, em relação a deuses, sua existência não é evidente e não há comprovações indiretas válidas dessa pretensa existência. Portanto o ateísmo, isto é, a consideração (e não a crença) de que não existem é a opção normal a ser tomada. Exceto se a pessoa, em razão de uma crença sem fundamento e nem indícios, que é o que é chamado de "fé", admitir essa existência. Mas a fé é algo inteiramente despropositado. Ela não garante a existência de nada, pois existe "fés" em diferentes assertivas e considerações a respeito das divindades, e como a verdade tem que ser única, por definição, não podem ser todas simultaneamente distintas e verdadeiras. Mesmo que as pessoas possuam fé sincera nelas. O mais provável é que nenhuma o seja. De qualquer modo, se alguma o for, o critério de escolha tem que ser extrínseco às fés. Isto é, tem que ser uma comprovação fática. Isso não existe para nenhuma crença religiosa.

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