sábado, 27 de julho de 2019

Sei que você é a favor da criminalização da prostituição no Brasil. Mas, você não acha que essa medida faz com que o tráfico de pessoas aumente?

Da forma como se deu na Suécia, Islândia, Canadá, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul, Irlanda, França e Noruega não, pois o crime acomete o cliente e não a prestadora do serviço (ou a cliente e não o prestador do serviço, no caso da prostituição masculina). Tal medida irá desestimular a busca desse tipo de serviço e, com a queda na demanda, a oferta também cairá. Paralelamente, é claro, é preciso que a sociedade se torne cada vez mais libertária, com a aceitação normal dos relacionamentos sexuais recreativos consentidos de modo franco, sem comércio algum. Não só as "amizades coloridas", mas também os encontros sexuais eventuais, mesmo entre desconhecidos. Isso acontece, mas ainda não é considerado algo tranquilo e perfeitamente aceitável, especialmente envolvendo pessoas casadas, quer homens, quer mulheres. Não há nada que não seja ético nisso, desde que seja algo completamente aceito e consentido como válido. Portanto a moral precisa ser mudada a respeito. Ou seja, os maridos e as mulheres devem aceitar que seus parceiros façam sexo eventual com quem quiserem, sem problema e sem que isso se configure em traição nenhuma. Note que isso é diferente da situação que comentei em outra resposta em relação aos relacionamentos amorosos múltiplos que, no caso, não seriam eventuais, mas algo com permanência e envolvendo amor e tudo o que seja correlato.

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