quarta-feira, 5 de março de 2014

Entendo que o mundo precisa de uma revolução cultural pra isso, mas, o senhor acredita que a humanidade conseguirá alcançar esse estágio ? É praticamente impossível imaginar um mundo sem bandidos, onde as pessoas façam o que é certo apenas por ser.A ambição sempre vence a Benevolência e bondade....

Não vence não. Mesmo hoje, a maioria da população é do bem. Eu diria que só um décimo seria do mal. A questão é que quem é do mal não tem medo de fazê-lo, enquanto a maior parte dos que são do bem são medrosos. Dai o mal parecer ser maior do que é. Fazer com que TODOS sejam do bem é que é o trabalho a que se precisa dedicar. E quanto mais pessoas se convencerem que isso é que é o "xis" da questão para a solução dos problemas do mundo, melhor. Então os pais e os professores educarão seus filhos para serem "do bem". Para não levarem vantagens indevidas. Para não passarem a perna nos outros. Para não enganarem ninguém. Para não darem "jeitinho" para nada. Isso é uma obrigação das escolas. Ninguém precisaria vigiar a aplicação de provas porque nenhum aluno colaria, porque saberia que, se não soubesse, mereceria tirar nota baixa. Mudar a mentalidade é uma questão de educação a ser cultivada ao longo de dezenas de gerações. Mas não é impossível. E como a expectativa de duração da humanidade é de uns 15 milhões de anos, se se alcançar isso em cinco mil anos, será muito pouco. Todavia, um dos fatores de se alcançar uma educação de altíssimo nível (alto é pouco) é a existência de uma prosperidade generalizada. Isto é, a inexistência completa de qualquer pessoa pobre. Isso os governos podem propiciar por meio de políticas enérgicas de distribuição de renda e geração de riquezas. Uma delas seria o sistema comunitarista de consumo dos bens e facilidades da sociedade, com a abolição do individualismo familiar. Tudo feito de forma cooperativa e comunitária consome muitíssimo menos recursos de toda ordem, o que propiciaria, logo, uma grande distribuição de renda. Outra coisa é a substituição da competição pela colaboração em todas as atividades, mesmo empresariais. A disseminação cada vez maior dos trabalhos voluntários, com a dispensa do poder publico para, por exemplo, tapar buracos nas ruas. Tudo feiro de graça, com material doado, com ferramentas emprestadas. Quanto menos compra e venda houver, melhor. O dinheiro vai sendo desnecessário. Dois, contudo, são os problemas que se tem que atacar: a preguiça e a cobiça. Isso não pode ser admitido e tem que ser castigado pela sociedade com a privação de qualquer benesse, especialmente, do afeto e do carinho. Então, para merecê-los, há que se ser desprendido e diligente.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails