quarta-feira, 5 de março de 2014

"Ter fé em si mesmo não é ter fé, mas confiança". "Fé é uma crença injustificada". De onde o senhor tirou essa definição RISÍVEL de "fé"? Confiança e fé são, sim, sinônimos. Ter fé em Deus significa confiar nele para guiar as nossas vidas. E essa confiança pode, e deve, ser racionalmente justificada‎

Absolutamente: NÃO! Conhecimento, crença, fé, esperança e confiança são conceitos correlatos mas distintos. Cada um tem a sua especificidade, mesmo que sejam confundidos no linguajar coloquial. Conhecimento é quando o saber é justificado, comprovado. Crença é quando não é, mas pode ser aceito por sua plausibilidade, face a fortes indícios. Fé é quando se aceita algo como verdadeiro sem evidência, prova e nem indícios. Mas a fé se refere a algo que poderia ser um conhecimento, se fosse justificado. A esperança, por outro lado, não se liga a fatos estabelecidos, mas a ocorrências futuras, as quais se considera que se darão, independentemente de quaisquer garantias. Já a confiança é como uma esperança ancorada em grandes indicadores de que a ocorrência se dará, uma vez que há encaminhamentos que, com grande probabilidade, levarão ao sucesso da ocorrência. Note que fé e confiança se distinguem, especialmente, quanto a seu objeto. A fé se reporta a um fato supostamente estabelecido e a confiança a ocorrências futuras. Quanto alguém diz que tem fé que algo se dará, ela está usando a palavra de modo incorreto. Ela tem é confiança de que se dará (ou esperança, se não houver indícios). E quando diz que confia na intercessão de Nossa Senhora, em verdade, ela tem fé de que tal fato acontece, em qualquer caso. Se se referir a um caso particular que ela espera que, pela intercessão de Nossa Senhora, vá acontecer, isso não é fé, é esperança ou confiança, se ela supor que há garantia. Confiança é como se fosse uma esperança com conhecimento ou, pelo menos, com fé

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