terça-feira, 13 de março de 2018

Por que a maioria dos grandes filósofos da história residiam na Europa?

Para começar porque Filosofia, como se entende que seja, é uma concepção européia, surgida com os gregos, continuada com os romanos e, depois, com os bárbaros cristianizados na Idade Média, continuando no Renascimento, na Idade Moderna, com o Iluminismo e, também, levada às Américas pelos colonizadores europeus. As civilizações africanas (no caso, o Egito) e as asiáticas (Sumérios, Babilônios, Assírios, Indianos, Chineses e outros) não desenvolveram propriamente uma Filosofia especulativa, como se entende que seja. Depois porque na Europa é que residiu a semente da cultura ocidental, mesmo que tendo ramificações nas Américas, nunca nelas mostrou a iniciativa e o viço criativo europeu, exceto na parte tecnológica, que os Estados Unidos acabaram ultrapassando a Europa. Mas, mesmo, a ciência pura, inclusive a Física, teve seu grande desenvolvimento na Europa. Mais recentemente é que os Estados Unidos e o Japão se revelaram centros de desenvolvimento científico. Mas filosófico, ainda é a Europa. A razão é que foi lá que surgiram as Universidades (mesmo que as houvesse, também, na Índia e na Pérsia, por exemplo, mas com um viés ou religioso ou mais prático do que especulativo). Além do fato de que o cultivo do saber, apesar de desvirtuado pelo dogmatismo cristão, foi mantido vivo nos mosteiros. Não se pode negar a contribuição dos árabes na transferência dos saberes gregos para o ocidente na Baixa Idade Média, mas a contribuição própria deles, no aspecto especulativo não científico, não foi grande. Eles transferiram as concepções gregas. O que se desenvolveu na Índia e entre os árabes foi a Matemática.

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