terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dizem que sou uma pessoa voltada para a área 'humanas', só que eu tenho aptidão e facilidade com matemática e física. Um dia me disseram que isso não leva a nada, mas em que influiria no meu viver? (filosoficamente respondendo). - Rodrigo Moreira.

Claro que leva e a muita coisa. Uma pessoa que tem um bom trânsito tanto na área das ciências humanas e artes quanto nas ciências exatas é um privilegiado por ter uma compreensão muito mais ampla da realidade do mundo, do que se fosse restrito apenas a uma delas. Se também tiver facilidade em ciências biológicas, melhor ainda. Trata-se de um polímata, a pessoa que entende de muitos assuntos. Isto é ótimo, não importa em que a pessoa vá atuar profissionalmente. No seu caso e sugiro que se dedique profissionalmente às exatas, sendo um engenheiro, físico, matemático ou algo semelhante e se dedique diletantemente às humanidades, como filósofo, escritor, músico, artista plástico ou outra coisa. Isto te dará um grande sentimento de realização pessoal, possibilitando que você seja uma pessoa muito feliz e realizada, desde que não se preocupe com o sucesso financeiro, que, de fato, é ilusório. O importante é a satisfação em se estar vivendo a vida plenamente, com a consciência de que sua atuação no mundo é motivo para que o mundo se torne melhor e muitas pessoas sejam felizes porque você existe. Se você se tornar um físico ou astrônomo, por exemplo, poderá ser um pesquisador ou professor universitário, além de poder também ser um filósofo, pois são as áreas mais filosóficas da ciência e, até mesmo, ser um poeta, um compositor e outras coisas interessantíssimas. Acho que ser advogado, médico, engenheiro, empresário, executivo e coisas assim é um modo muito chato de se levar a vida, a não ser que se seja um inventor de coisas novas, como pesquisador da cura de doenças. Na área jurídica ou econômica, não vejo muita possibilidade de ser criativo. O importante é, justamente, ser criativo, inventar o que não existe, ser diferente. Quem sabe ser um conferencista, um repórter explorador da National Geografic, ou até um capitão de navio ou astronauta. Não se deixe seduzir pela mediocridade. Sonhe alto. Viver a vida é importante. Dinheiro não.

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