Não conheço este dispositivo. Mas sei que os judeus, depois da diáspora, sempre foram zelosos pela educação dos filhos, especialmente para que pudessem ler suas escrituras religiosas. Mas isto não se estendia às mulheres, com raras excessões, como mostra a peça e o filme Yentl da Barbra Streissand. Comunidades islâmicas também alfabetizam os meninos para lerem o Corão. Nesse sentido a existência desses livros sagrados é um fator positivo para a cultura. Pena que o cristianismo medieval não incentivava a leitura da Bíblia pelo povo, mas só pelos religiosos, que a passavam, deturpada, aos fiéis. Por outro lado, mesmo incentivando a leitura, proibiam a leitura de outros livros, que discordassem das palavras das escrituras. Isto é que sempre foi algo péssimo. Só depois do renascimento e da reforma protestante é que o povo começou a ler a Biblia e também outros livros, mas mesmo os protestantes tinham suas proibições. Só o iluminismo começou a permitir a crítica aberta às escrituras sagradas, sem que a pessoa fosse condenada à morte. Mas no islã, até hoje isto pode acontecer, em alguns países, como na Arábia Saudita e no Paquistão.
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2 comentários:
Era uma educação mais empírica, a paideia foi a primeira escola utilizada, nos primórdios.
www.vivendoteologia.blogspot.com
Lendo um dos livros de uma das maiores autoridades em Cristianismo primitivo, Bart Ehrman, descobri que, segundo o autor, os próprios evangelhos, apócrifos e canônicos, não poderiam ter sido escritos pelos próprios apóstolos porque como homens humildes provavelmente eram analfabetos. Os autores de tais textos eram os seguidores dos apóstolos ou seguidores dos seguidores, que às vezes escrevia o que estava sendo pregado; mas como o conhecimento da escrita e leitura na época eram sofríveis, esses textos eram escritos com erros de vários tipos e quando eram copiados se reproduziam cópias ainda mais precárias. Somente depois que a c´popia dos textos passou a ser feita pelos copistas da Igreja católica é que tal quantidade de erros passou a ser diminuída mas mesmo asism erros ocorriam, como mostram as evidências retiradas do estudo comparativos das cópias remanescentes de alguns evangelhos ou parte deles. O autor ainda acrescenta que nessa época as taxas de analfabetismo eram alarmantes até na capital cultural da época: Roma. Ele estima que algo como 90% da população era analfabeta.
Estou mencionando isso porque muitos religiosos apelam para essa lei para desacreditar o argumento de que a cópia dos textos era imprecisa.
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