Sim. O problema dos anarquistas do fim do século XIX e começo do século XX era que pretendiam implantar o anarquismo pela via revolucionária, rapidamente, sem a fase da ditadura do proletariado, proposta pelos comunistas, que acabou vencendo, com a ruptura da primeira internacional socialista (anarquista), criando a segunda internacional socialista (marxista). Ambas as propostas não compreenderam que a principal mudança, necessária para a implantação do anarquismo, é mental e individual, em cada pessoa. O anarquismo não pode ser imposto por revolução nenhuma. Não funciona, porque logo os que lideram o movimento passam a exercer um governo, que pode ser tão tirânico quanto o que derrubaram, como ocorreu na Rússia e nos outros países comunistas. Os comunistas têm razão em considerar impossível a passagem direta para o anarquismo mas se enganam em usar a ditadura do proletariado como fase intermediária. A queda dos governos e dos estados, a supressão da propriedade, a extinção do dinheiro, a derrubada das fronteiras, a comunitarização de todas as atividades, a coletivisação da família e todas essas mudanças radicais no modo social de vivência do homem só se darão como consequência de uma mudança psíquica mais profunda, em todas as pessoas, que levará espontaneamente às alterações sociais mecionadas. A mudança é no enfoque das relações interpessoais, que terão que passar de competição para colaboração, de egoísmo para altruísmo, de cobiça e ganância para desprendimento, solidariedade e doação, de querer levar vantagem para querer prestar serviço, Isto é algo que se consegue por meio de educação e exemplo, para que se crie a conscientização desses valores o que levará à queda de tudo o que foi dito atrás de forma natural. Mas tal mudança não se faz em pouco tempo. Requer várias gerações, isto é, algumas centenas de anos. Para se chegar lá, contudo, tem-se que começar logo, com iniciativas pessoais.
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