terça-feira, 27 de novembro de 2012

O amor exacerbado de que alguns falam pricipalmente os cristãos,é só figura de retórica? Penso que amor mesmo só o de mãe/Pai pelos filhos,estou certo ou errado professor?

Errado Hector. Existe amor extremado mesmo. Amor que faz a pessoa fazer algum sacrifício extremo ou até dar a própria vida por quem ou pelo que ama. De modo totalmente altruísta, sem pretender nenhum retorno. Isso é uma capacidade humana que há quem possua. Não só pelos filhos, pelos cônjuges ou pelos pais e irmãos, mas, até, por uma causa. Há uma corrente em psicologia que considera que tudo o que se faz tem um fundo egoísta. Estão equivocados. O altruísmo existe de verdade. Mas não é uma exclusividade cristã e nem sequer religiosa, de alguma religião qualquer. É puramente humana (e hoje se sabe que também existe em animais superiores). O que move esse amor é o próprio amor, o desejo de fazer o bem. Quem o faz por qualquer recompensa, mesmo a salvação eterna, não é digno dela, caso haja. O verdadeiro amor não tem interesse nenhum, mesmo que deseje a reciprocidade, não a exige nem condiciona o amor a ela. O verdadeiro amor é altruísta e libertário. Quer a felicidade do ser amado com total liberdade. Não é possessivo e nem ciumento. Admite o compartilhamento. Amor não tem contabilidade. Não diminui nem se divide quando se distribui e se multiplica. Quanto mais se ama, mais capacidade se tem de amar e mais amor se tem para dar. É como o número áureo, que representa o fato de que o que se acrescenta é proporcional ao que já se tem.

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