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segunda-feira, 1 de julho de 2013
Ao defender uma sociedade igualitária, e regimes como anarco-comunismo, costumo receber essas respostas: ''Em uma sociedade igual, quem vai propôr-se a limpar banheiro?'' ''Quem vai querer ser gari?'' ''Isso é utópico, somos naturalmente desiguais''co
Qualquer pessoa. Porque o reitor da Universidade não pode lavar o seu banheiro ou varrer o seu gabinete? Além do mais, em uma sociedade anárquica não são todos iguais, mas todos têm direitos e oportunidades iguais. Cada um contribuirá de acordo com sua capacidade e possibilidade e receberá (não dinheiro) de acordo com sua necessidade. Certas ocupações, como a de garí e de faxineiro nem precisam existir. As pessoas cuidam disso em sistema de rodízio. Todo mundo pode ter curso superior (exceto crianças, até que deixem de sê-lo). Porque não? A questão é que as pessoas costumam ver o anarquismo com os olhos do mundo de hoje. E o anarquismo é, principalmente, uma mudança radical de cosmovisão. É trocar o individualismo pelo coletivismo, o egoísmo pelo altruísmo. Por isso é que não pode ser implantado. Tem que surgir espontaneamente e isso demorará séculos ou milênios. É uma mudança da pessoa humana que pode ser abreviada para alguns séculos apenas se se fizer um trabalho educativo persistente por gerações a fio. Não é utopia. É perfeitamente factível. Compare o mundo de hoje com o mundo pré-histórico. Para o anarquismo, nós somos a pré-história.
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