sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Ernesto, o Estado hoje é mais um comissário do capital, das grandes corporações etc. (Chomsky). Correndo o risco de ser simplista e antiquado, pergunto: o Estado não deveria mesmo ficar sempre do lado dos trabalhadores, uma vez que o capital já tem seu poder próprio?‎

Concordo. Mas, trabalhadores não são apenas os assalariados. Os pequenos empresários também são trabalhadores, bem como os profissionais liberais não muito ricos, artistas, funcionários públicos, militares e esse povo todo. O que o governo precisa é defender o interesse geral do povo em contrafação aos interesses pessoais e corporativos dos muito ricos, dos grandes empresários, grandes fazendeiros e mesmo, até, assalariados de algo nível, como executivos de grandes empresas. Ou políticos poderosos. Essas pessoas, ao se empenharem em seu enriquecimento cada vez maior, em verdade não promovem a riqueza distribuída. O que faz isso são as pequenas e médias empresas. O que o governo precisa é estimular a transformação de todo empregado assalariado em patrão, mesmo que seja só de si mesmo. O ideal é acabar com o emprego e só haver trabalho. Claro que, não dá para mudar de repente, mas é preciso que as leis comecem a promover a pulverização do capital das empresas, distribuindo-o pelos trabalhadores. O capital em si não é mal. Sua concentração é que é um mal. Se for totalmente distribuído, é bom. Inclusive é uma forma muito melhor de se chegar ao comunismo do que o socialismo de estado, com ditadura do proletariado, que é a proposta marxista. Não concordo com o comunismo marxista. O comunismo que eu quero é o anarquista. Mas para se atingi-lo é melhor exacerbar o capitalismo tornando todo trabalhador um capitalista e extinguindo o trabalho assalariado. Com a concomitante desconcentração do capital na posse de poucas pessoas. Isto é, aumentar a riqueza global com a redução das diferenças de riqueza.

Nenhum comentário:

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails